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O SUICÍDIO. A PREVENÇÃO E O CENTRO ESPÍRITA.

Luiz Carlos Formiga

Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre. Tal é a lei.

Allan Kardec.

Manhã, 23 de setembro de 2015. Após executar o trabalho de “auxiliar de assuntos gerais domésticos” abrimos o Evangelho Segundo o Espiritismo (OESE), “Os órfãos” (1). À noite faremos estudo no Centro Espírita (*). Minutos antes liguei o computador, encontrei a notícia de um Seminário Internacional sobre suicídio, no Rio de Janeiro, RJ. Aconteceu dia 11. Fiquei “furioso”. Como sou mal informado!

No capítulo XIII do OESE, o item 18, nos fala sobre os órfãos. Lembrei Anália Franco (2).

No início, emociona: “Meus irmãos, amai os órfãos; se soubésseis quanto é triste ser só e abandonado, sobretudo na infância!” Por que permite Deus que haja órfãos? Será que a criança que socorremos já nos foi cara numa outra encarnação? Este SOS seria um simples dever se nos lembrássemos desta outra encarnação? 

Reencarnação, check-in, é palavra chave no “Consolador Prometido” (3). Será “ator principal” da palestra sobre Suicídio e Loucura (*). Tomei a decisão de não falar em números. É preciso ir além dos números. Ir à política, pensar em ideologias? O número de suicídio aumenta num país “que tem muito barulho e pouca informação” (4)? Também não falarei sobre isso. 

A curiosidade pode fazer-nos pensar em taxas. Cuba é o país das Américas com a taxa de suicídio mais alta, 16,3% por 100.000 habitantes. Canadá e Estados Unidos? Encontramos 12 e 11,4%, respectivamente (5). 

O suicídio é um problema de saúde relevante e uma das principais causas de morte, que se pode prevenir, no continente. O aumento do suicídio na Europa é diferente? O seu aumento pode ser apenas a ponta do iceberg (6)?

Voltemos à reencarnação, palavra chave!

Pense na resposta que daria um materialista e um espírita, quando lhe perguntasse sobre “quem e o que sou”?

Esta é a pergunta do início da exposição. Podemos até permitir a “técnica do cochicho”.

Outras questões podem aguçar a curiosidade. Temos uma herança após a morte? Considerando a reencarnação como Lei Natural e que somos herdeiros, de nós mesmos, como isso influenciaria na nova vida? Temos várias heranças? O que plantamos, colhemos?

Se, somos também seres de natureza espiritual, como um estudante das Ciências Biomédicas pensaria esse ser multifacetado? Como considerar a Lei de Causa e Efeito e o fator perispiritual?

Considerando-nos herdeiros de nós mesmos, como se refletirá no espírito uma lesão cerebral causada pelo suicídio? Geneticistas desencarnados ajudam a escolher a melhor expiação corporal?

Podemos através da hipnose e regressão de memória ajudar um paciente com fantasias suicidas? O que descreveria o paciente das vidas anteriores?

Regressão deve ser feita apenas por estudiosos competentes com sólida formação e registrados em seus Conselhos Profissionais?

Recordar ou esquecer?

Resposta na questão 392, O Livro dos Espíritos, Allan Kardec. 

“Não pode o homem, nem deve, saber tudo. Esquecido do seu passado, ele é mais senhor de si” (7).

Fantasia suicida, ideia suicida deve acender luz amarela? Uma pessoa com transtorno afetivo deve derrotar a depressão, o mais rápido possível?

O espírita não deve negligenciar a água fluidificada nem o passe num Centro Espírita. Principalmente onde os dirigentes estão mais preocupados com os encargos e tenha reunião de desobsessão, bem orientada (8).




(*) G. E. Esperança em Cristo. Palestra 23 set. 2015. 20 h. R. Anhembi, 197. Irajá, RJ.RJ. Tel. (21) 2471-9580. 






(5) Rev Cubana Med Gen Integr 2003;19(1). 








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