Infelizmente
temos alguns confrades que não aceitam a evolução anímica, um grande numero
deles, não aceita esta possibilidade de jeito algum, outros aceitam a evolução
anímica, a partir do reino animal. Estes confrades se demoram fazendo uma
ginástica terrível, buscando nas obras básicas do espiritismo, escritas por
Allan Kardec, algo que prove seu conceito, e se demoram na letra, garimpando a
procura de alguma informação de Kardec que lhes justifique o pensamento.
Mas
Kardec deixou explícita a evolução anímica, e não a partir do reino animal, mas
desde o reino do minério, no item 17 do livro dos espíritos, vejamos:
“Kardec
(Livro dos Espíritos, Introdução, item 17): Se
observarmos a série dos seres, percebemos que eles formam uma cadeia sem
solução de continuidade, desde a matéria bruta até o homem mais
inteligente”.
Parece-me que quando Allan Kardec
afirma que os seres formam uma cadeia sem solução de continuidade, desde a
matéria bruta, ele define a questão. Então ficar como desesperados a busca de
informações nas obras básicas que justifiquem o conceito de uma evolução
unilateral, em que cada reino da natureza, tenha um inicio e se extinga, é com
todo respeito perder tempo. Seria impossível que Leon Denis, e outros
sucessores de Allan Kardec hajam se apercebido desta realidade, e ele não. E mais
depois de haver Kardec afirmado de maneira tão incisiva, quanto a evolução
anímica, a partir da matéria bruta, se fosse dizer algo em contrario, teria que
se retratar, e ele o faria, pois não era de seu feitio, deixar
duvidas a respeito do que quer que fosse.
Com certeza não se demoraria disfarçando seu equivoco com meias palavras, ele
deixou bem claro a existência da evolução anímica, se alguém puder explicar
estas palavras de maneira diferente, mas apresentando lógica que o faça, pois
ele deixa bem claro a continuidade da evolução do ser desde o reino minério, ou
como ele o diz, desde a matéria bruta.
E este conceito por apresentar uma
lógica irrefutável, foi aceito também por outros grandes vultos da doutrina, e
iremos apresentar a opinião de alguns deles, pois estes corroboram as palavras
apresentas por Kardec.
Herculano (Agonia das Religiões, pg. 109) - "Vemos assim duas linhas paralelas na filogênese humana: de um lado temos a evolução do princípio inteligente a partir dos reinos inferiores da Natureza, onde a mônada, a semente espiritual lançada pelo pensamento divino, desenvolve as suas potencialidades numa seqüência natural em que podemos perceber as seguintes etapas: o poder estruturador no reino mineral, a sensibilidade no vegetal, motilidade do animal, o pensamento produtivo no homem”.E ainda: "vivemos em espírito e pelo espírito, desde a pedra até o anjo” (Ciência Espírita e Suas Implicações Terapêuticas, pg. 124).
Jorge Andréa (Impulsos Criativos da Evolução, pg. 134): "dos minerais, passando pelos vegetais e animais, o Princípio Espiritual ganhará a fase hominal".
Manuel Portasio (Deus, Espírito e Matéria, pg. 125): "Quanto ao ser-fragmento, não existe motivo para que, justamente no momento em que ingressa nas Instâncias Existenciais dos Reinos da Natureza, salte esse primeiro reino" (mineral).
Herculano (Agonia das Religiões, pg. 109) - "Vemos assim duas linhas paralelas na filogênese humana: de um lado temos a evolução do princípio inteligente a partir dos reinos inferiores da Natureza, onde a mônada, a semente espiritual lançada pelo pensamento divino, desenvolve as suas potencialidades numa seqüência natural em que podemos perceber as seguintes etapas: o poder estruturador no reino mineral, a sensibilidade no vegetal, motilidade do animal, o pensamento produtivo no homem”.E ainda: "vivemos em espírito e pelo espírito, desde a pedra até o anjo” (Ciência Espírita e Suas Implicações Terapêuticas, pg. 124).
Jorge Andréa (Impulsos Criativos da Evolução, pg. 134): "dos minerais, passando pelos vegetais e animais, o Princípio Espiritual ganhará a fase hominal".
Manuel Portasio (Deus, Espírito e Matéria, pg. 125): "Quanto ao ser-fragmento, não existe motivo para que, justamente no momento em que ingressa nas Instâncias Existenciais dos Reinos da Natureza, salte esse primeiro reino" (mineral).
André Luiz “Evolução entre dois Mundos”,
escrito pelo espírito de André Luiz, e neste livro André nos apresenta a
evolução anímica, a partir das monadas, os protozoários, etc., esta é uma obra
que define a evolução anímica, pois nosso amigo espiritual trata da evolução
dos seres desde os primórdios da Criação.
Poderíamos fazer outros apontamentos, de
outros vultos da doutrina espírita que defendem essa premissa, mas vamos supor
que todos eles hajam se equivocado, inclusive Allan Kardec, então o melhor que
temos a fazer, é apresentar argumentos que se sustentem a luz da lógica e da
razão. E deixemos aos nossos amigos que com certeza estão atentos a estes
parâmetros de aferição, pois são espíritas, para que verifiquem se, o que esta
sendo apresentado é lógico e racional, se não for que respondam, sem perlengar,
não basta dizer não é assim, pois eu acho que não é, este comportamento, esta
postura, para um espírita conciso não
tem valor.
Uma grande parte dos espíritas, embora
não mais aceitem a Criação a partir de Adão e Eva, em que Deus se demora a
criar com mãos e mente, acreditam que Deus cria a partir do nada, e é por esta
razão que acreditam que Deus criou o reino do minério, o reino vegetal, o reino
animal e o reino humanoide, reinos estes distintos. Limitados a propiciarem o
desenvolvimento dos elementos e dos seres, em seus estágios distintos, por
exemplo, o reino mineral, permitirá aos elementos do minério o seu
desenvolvimento, se é que acreditam exista este desenvolvimento, pois
desenvolver o que, o desenvolvimento no reino do minério, implica no
desenvolvimento do psiquismo. Pois a forma característica da matéria bruta
continuará a mesma, o ouro, o ferro, o alumínio, a prata, etc., não sofreram e
não sofrerão modificação alguma através dos milênios. Mas se este psiquismo não
vai continuar sua evolução no reino vegetal, então esgotado o período de vida
do planeta, este ou se desintegra, com o mesmo, ou permanece a divagar no
universo, sem finalidade alguma. E como pretendem que o reino vegetal, animal e
hominal sejam reinos distintos, criados para atender uma finalidade limitada na
vida, a situação não se modifica, exceto no homem, pois este continua
evoluindo, conquista a condição de anjo, arcanjo, Serafim, etc.
Se fosse verdadeira está possibilidade
de Deus haver criado os reinos da natureza distintos, sem uma correlação
ininterrupta na evolução, a Lei Divina seria falha, como explicar o sofrimento
a dor porque passam os animais, e isto é um fato, todos nós sabemos que eles
sofrem tanto quanto o homem. Sabemos que o animal ama, é inteligente, sente
remorso, como por exemplo, a fêmea do João de Barro, se deixa morrer asfixiada
em sua casinha, por haver se relacionado com outro parceiro, se não sentisse
remorso, tentaria fugir, mas aguarda resignada o seu fim. O homem quando sofre,
ama, e trabalha, colhe as bênçãos da evolução, e para este está reservada a
evolução na eternidade; porque para o animal estaria reservado o triste fim de
servir de repasto a mesa do homem eternamente? Onde neste caso a justeza, a
equidade da Lei divina?
Mas a dificuldade em aceitar a
evolução anímica, a partir do reino mineral, passando pelo vegetal, animal,
para conquistar o reino humanóide, acontece porque muitos confrades espíritas,
ainda acreditam em um Deus monoteísta, um Deus que cria com mãos e mente, a
partir do nada, esquecidos, ou talvez até despercebidos mesmo, que o nada é inconcebível,
por mais nos esforcemos na tentativa de explicar o nada, jamais o conseguiremos.
Antes do avanço da ciência, e principalmente da equação da relatividade por
Einstein, acreditávamos que o universo espaço tempo (infinito) fosse um vazio,
uma abstração, entretanto hoje sabemos, de que o espaço infinito é composto de
partículas atômicas, que nos escapa por hora a capacidade de observação, e que
o mesmo está repleto de uma infinidade de corpúsculos atômicos, tais como, os
quarks, os neutrinos, os prótons, os nêutrons, os mesons, e seus opostos, ou
seja, corpúsculos anti-matéria. Pelo que vemos o universo espaço tempo
(infinito) além de ser um elemento definido, composto de matéria em outra
dimensão, por ser constituído de partículas atômicas é que possibilita aconteçam
os buracos negros. Um buraco negro acontece com o ferir do espaço tempo, quando
uma estrela da categoria A ou B, explodem lançam parte da matéria para o
espaço, entretanto, devido a força gravitacional desse corpo ser imensa, ele
implode, para fazer-me entender, ele rompe a constituição do espaço infinito, e
acontece o buraco negro.
Quando a ciência apresentou a premissa
da grande explosão, a teoria de Big Bang, em que esta pretendia o inicio do
universo, a partir de quinze bilhões de anos, alguns confrades mais afoitos e
menos afeitos a lógica, abraçaram essa teoria, e temos muitos espíritas que
escrevem tentando justificar a mesma, entretanto está é insustentável. Vamos
primeiramente afirmar que a própria ciência o desmente como vimos um buraco
negro acontece a partir da explosão de uma estrela de primeira magnitude, parte
da matéria explode e se espalha no espaço tempo, mas devido a força
gravitacional, ser imensurável, acontece a implosão, e forma-se o buraco negro.
Raciocinemos de forma lógica, quando da explosão de um corpo sólido de matéria,
que estaria possibilitando formar os mundos e sois que conhecemos, mas existem
ainda astros e mundos, que nos escapam a percepção, ao alcance da visão, mesmo
utilizando telescópios poderosos, - isto nos deixando quedar na premissa
equivocada, de que o universo é finito, pois o universo é infinito - o tão
afamado ovo cósmico, agrupando toda está matéria, com certeza, sem forçar muito
o raciocínio, este nos diz que antes de se formar o universo, haveria
acontecido um buraco negro de proporções inimagináveis. Além do mais, este
corpo já existia no universo espaço tempo, e é evidente que já existiam duas
modalidades de ser do universo, e quanto ao lado filosófico, para nós que somos
espíritas, pois os cientistas que desenvolveram esta premissa o fizeram na
tentativa de demonstrar que Deus não existe que o universo é a resultante de
uma casualidade, onde estava Deus antes de criar o universo, o espaço tempo não
existia, o universo matéria tampouco; será que Ele se demorava no nada?
Talvez algum confrade no desejo de justificar
esta teoria, me responda, Deus se demorava habitando um momento diferente de
ser do universo, que nos escapa a percepção, vamos aceitar esta possibilidade,
mas este momento de ser desconhecido, seria o universo, mesmo assim não dá para
aceitar a criação do mesmo a quinze bilhões de anos. Preferimos concordar com Einstein,
espaço, tempo, matéria e energia, não passam de uma única e mesma coisa, então
somos levados a concluir que o universo é eterno, tanto quanto Deus, por mais
que nossos confrades otordoxos se esforcem, - e como são esforçados, - não
conseguirão provar que o universo foi criado, seja a quinze bilhões de anos, ou
trilhões, ou a qualquer momento da eternidade, o universo é eterno quanto Deus.
A concepção de um Deus monoteísta nos
leva a crer em um Deus que se demora externo ao universo, não definem onde se
localiza a inteligência primária de todas as coisas, talvez imaginem, esteja
localizado no centro do universo, mas se o mesmo é infinito, como definir o
centro do infinito, uma figura geométrica, um corpo mensurável, nos possibilita
definir seu centro, mas o universo é infinito, imensurável, então esta
possibilidade fica destituída, Deus esta no centro do universo sim, mas não
centro espacial, e sim centro de irradiação e de atração. Ou provavelmente
acreditem Se demore em uma estrela de primeira grandeza, mas todos os corpos
materiais morrem, e uma estrela embora perdure milênios, um dia vai se desintegrar,
e neste caso, Deus passaria a ser um efeito, pois quando da morte da estrela em
que se demorasse a habitar, teria que se mudar para outra, como vemos a crença
em um Deus externo ao universo, não tem consistência, não se sustenta pela
lógica e pela razão.
Entretanto se modificarmos a nossa
crença, e em vez de acreditarmos em um Deus Monoteísta isto é externo ao
universo, criando com mãos e mente começarmos a crer em um Deus Monista, um
Deus que manifesta que exterioriza a vida no universo, com certeza tornar-se-á
simples entendermos a evolução anímica, pois não nos demoraremos mais
acreditando que Deus cria algo a partir do nada, como vimos o nada é
inconcebível, e entenderemos que o universo é um eterno vir a ser, que nada se cria
tudo se modifica e se transforma que a vida é Deus. E demorando-se no absoluto,
Ele contem em si todos os atributos divinos, aqueles que já entendemos que
existem, e infinitos outros que sequer temos concepção, e, compreenderemos que
nós somos vidas derivadas da suprema Vida de Deus.
Nós somos a resultante da maturação da
substância, ou conforme Kardec Fluido Cósmico, ou ainda Plasma divino do
Criador, conforme André Luiz somos como nos informa Kardec, em o Livro dos
Espíritos, centelha divina de Deus. Em outras palavras a substância é o plasma
divino do Criador, é a semente que encerra os infinitos fenômenos que se
manifestarão na eternidade, estes se demoram em potenciação, aguardando o
momento de se exteriorizarem, e com certeza este momento quem o define é Deus
através de sua vontade augusta e soberana.
A substância como já o vimos em outros
textos por mim escritos, é a matéria prima que se manifesta no universo ora como
matéria ora como energia, matéria é energia em movimento, em velocidade, em
aceleração, energia é matéria degradada ou decomposta. Ao viver este processo
de mutação, ora como matéria, ora como energia, é que a substância matura-se e
exterioriza o psiquismo, ou centelha divina do Criador, este psiquismo vai se
adequar ao reino do minério, tornando-se o eu diretor dos elementos que
pertencem a esse reino, pois longe de ser a matéria bruta, como o acreditam
alguns confrades, destituída de vida, a mesma possui um principio psíquico,
alias é este psiquismo que permite a matéria tome forma. E mais já obtivemos através
da ciência, informações que o minério exterioriza uma força de atração e
coesão, pois o imã manifesta o magnetismo, a pedra de radio, a energia, etc., e
eu não sei por que meus confrades estranham tanto está possibilidade, pois
Kardec nos fala da alma da terra, nós somos informados que nosso planeta, tem
um principio psíquico, um corpo energético e fluídico que lhe define o tamanho,
e a forma. Enquanto na substância nos demorávamos ainda como plasma do Criador,
entretanto, com a maturação da mesma, iniciamos o caminho que nos conduzirá a
individualidade, pois no reino minério, ainda nos demoramos vivendo uma
condição genérica, quando quebramos uma pedra de imã, o principio psíquico se
divide, ambas as partes continuam carregadas da força magnética, não aconteceu
ainda a individualidade.
Individualidade significa entre outras
coisas: ser indivisível, personalizar-se, particularizar-se, enfim,
distinguir-se em relação a espécie a que pertence, orgânica ou inorgânica. No
reino do minério, o psiquismo se particulariza, se distingue em relação a
espécie a que pertence, no entanto, não é indivisível.
Quando
pegamos uma grande pedra de granito, ela se demora particularizada, distinta
definindo a espécie, no entanto, ao quebrarmos está pedra em vários pedaços,
estamos dividindo, não apenas a matéria, mas também a parte energética, o
princípio psíquico. Não fosse assim, teríamos que admitir que, estes pedaços de
pedra estariam destituídos do princípio psíquico, ou que este, se deixara ficar
junto ao maior demorando-se os demais sem energia vital, sem o princípio de
atração; em outras palavras, sem o psiquismo a matéria degenera-se, perde suas
propriedades.(1)
Há
casos em que ao desprender-se o psiquismo da matéria, está sofre mutações, as
quais lhe permite perdurar por um período razoável de tempo, antes de
desintegrar-se; como por exemplo, a árvore que depois de morta se transforma em
madeira, no entanto, suas propriedades, tais como seiva e essência, destituirm-se,
um exemplo evidente, de que o minério ao ser dividido, conserva o princípio
psíquico em cada uma de suas divisões, é o imã. Pegamos uma barra deste
minério, a dividimos em várias porções, no entanto, ao aproximarmos uma as
outras, variando as facções teremos em todas elas as polaridades definidas;
pólos de sinais iguais se repelem, pólos de sinais diferentes, ou seja, pólo
positivo e negativo atraem-se. Como visto, no reino do minério, não se fez
ainda a individualidade do psiquismo, que se demora dormente por bilênios, e
bilênios, aguardando o momento que lhe concederá a benção de sonhar.
Depois
de haver percorrido esta etapa bilenar dormitando, começa a viver por processos
evolutivos, a transição do reino mineral para o reino vegetal; então a alma
começa a sonhar.
A
transição do reino mineral para o vegetal, não se faz por processos abruptos,
aonde o psiquismo que vem vivendo seu curso evolutivo, ininterrupto, gradual no
minério; num repente, passe a ser o psiquismo da planta.
Existem
elementos intermediários entre estes dois reinos, elementos estes que funcionam
como verdadeira ponte de transposição.
Se
nos demorarmos no egocentrismo, que ainda domina uma grande parte dos seres
humanos, admitindo que só a Terra contenha vida, torna-se difícil aperceber está
realidade; embora haja mesmo na Terra, elementos que vivem a função de ponte
transitiva, como por exemplo, os musgos diversos que nascem a beira mar ou as
margens dos rios, entre as pedras; no entanto, compreendendo que existem outros
mundos habitáveis, se nos torna mais fácil esta concepção.
O
psiquismo, princípio de individualidade, exteriorização energética maturada, a
partir da substância, segue seu curso, impulsionado pela evolução, percorrendo
os diversos reinos da natureza de forma ininterrupta, contínua, no infinito da
eternidade.
Verdadeiramente,
no vegetal alma a começa a sonhar. O psiquismo no reino vegetal alcança uma
desenvoltura mais ampla de suas potencialidades; a sensibilidade que no minério
dormitava, acorda; a manifestação do amor que no minério se fazia por princípio
de afinidade, desenvolve-se, amplia-se, a inteligência que no mineral se
demorou em estado latente, ordenando a atração e coesão dos elementos em suas
multiformes modalidades de ser, desponta no vegetal, numa semi-individualidade
instintiva; o sexo que no reino minério era a atração, na planta passa a viver
o princípio fecuntativo; sabemos que o processo sexual das plantas se realiza
pelo pólen que os insetos das mais variadas espécies, de forma mais específica
as abelhas, quando pousam nas flores para extrair desta o néctar, transportam e
depositam os gametófitos masculinos nos pistilos das plantas fêmeas.
A
sensibilidade das plantas se faz apresentar de forma inegável, existem plantas
que murcham a um olhar magnético, da parte de uma pessoa de vibrações
negativas; tanto quanto, se tornam viçosas, crescem melhor, quando envoltas de
vibrações positivas. As mulheres se aperceberam de forma intuitiva da
capacidade de captação fluídico-magnético das plantas, a ponto de colocarem
algumas destas, quase sempre as mais sensíveis, tais como: comigo ninguém pode,
espada de São Jorge, arruda, guiné etc., na intenção de protegerem seus lares.
É
evidente que, ao optar elas por colocar estas plantas em seus portais, não
sabiam os processos pelo qual as mesmas captam as energias negativas, no
entanto, intuitivamente disto se aperceberam.
Quanto
a sensibilidade, na captação de vibrações positivas, sabemos que, quando
transmitimos essas vibrações as plantas, elas crescem viçosas. Quando
conversamos com a mesma, é evidente que ela não nos compreende a palavra, no
entanto, assimila nossas vibrações positivas, através da sensibilidade que
possuem, através dessa sensibilidade, a planta manifesta seu amor. Sabemos
através de experiências científicas, que as plantas se sensibilizam,
manifestando uma vibração que outro nome não podemos dar, senão amor.
Backster,
em seu apartamento a Rua Time Square, em Nova York, com dispositivos
apropriados, colheu informações que confirmam esta realidade.
Ligando
um galvanômetro a planta, onde em um determinado momento, um dispositivo
estaria a disparar, despejando camarões vivos numa panela de água fervente,
ausentou-se do local para certificar-se de que sua energia mental
(ideoplastia), não afetaria a experiência.
Ao
regressar, após um tempo decorrido, verificou que no gráfico traçado pelo
galvanômetro, no papel quadriculado móvel, havia um movimento brusco, que
acontecera exatamente no momento em que os camarões foram despejados na água
fervente(2).
Quanto
a inteligência das plantas, sabemos que quando a planta encontra pedras em suas
raízes, esta muda as mesmas, de raízes sugadoras do alimento e água do solo,
para raízes escavadeiras, no anseio de sobreviver.
Sabemos
ainda que, quando mudamos a escora em que uma trepadeira em que esteja subindo,
a mesma muda sua direção em busca da escora em sua nova localização, Backster,
Peter e Christopher, após muitos anos de estudo a respeito das plantas,
chegaram a conclusão que as mesmas são sensíveis, memorizam experiências de
prazer e dor, sentem afeto e medo, tem inteligência e vontade.
Mas,
mesmo havendo se desenvolto o psiquismo no reino vegetal, ampliando suas
potencialidades; não alcançou ainda sua individualidade, arrancamos um galho de
uma planta, o replantamos, (clonagem) e deste uma nova planta acontece.
Ao
arrancarmos de uma planta um galho, é natural crermos que não estivemos
extraindo apenas a parte física (matéria), mas também, a parte psíquica, pois
sem o psiquismo que é o eu diretor, coordenador do ser, com certeza a parte
extraída da planta morreria, ainda não aconteceu a individualidade no reino
vegetal.
Após
haver sonhado por muitos bilênios, o psiquismo, impulsionado pela lei de
evolução, começa a se agitar.
Parece-nos que os infinitos insetos que se
desenvolvem na natureza vivem uma função mais importante do que o homem lhe
atribui, pois na estreiteza de visão, na pobreza de sensibilidade, nos faz
crer, que os insetos sejam nocivos, não encerram finalidade alguma; quando
deixamos de ser um repolho rechonchudo, nos questionamos do porque da
existência dos mesmos, no entanto, para muitos deles não encontramos
finalidade.
No
entanto, sendo Deus a fonte originária da vida, poderia está fonte que é o
infinito amor, a inteligência infinita, causa primária de todas as coisas,
originar vidas que não tivessem finalidade.
Se
estes insetos não trouxessem como fonte de alimentação da vida Deus, se não
fossem a resultante da evolução do psiquismo a partir da maturação da
substância, de que fonte proviriam?
Ainda
mais quando nos apercebemos de suas sensibilidades, de seus movimentos e ações
inteligentes? Acreditamos que é no mundo dos insetos que o psiquismo principia
a agitar-se, manifestando-se em busca da individualidade.
No
mundo das plantas o psiquismo se demora generalizado, uma planta não vive a
individualidade. Acreditar que esse psiquismo ao viver a transposição do
vegetal para o animal, após haver-se demorado por bilênios neste reino,
conquiste a individualidade num repente de forma miraculosa, é deixar de
entender que a natureza não da saltos, na natureza tudo se modifica e se
transforma lenta, continua e ininterruptamente, seguindo o curso da evolução.
No
entanto, não estamos afirmando seja um inseto o resultado do psiquismo
individualizado e sim o produto que o conduzirá a isso.(3).
No mundo dos insetos, essa individualidade acontece na associação de conjunto;
as partículas psíquicas que no vegetal originam as variedades de plantas
extraídas como mudas, passa a viver então neste reino um continuísmo de
maturação, porém obedecendo ainda a um princípio sensitivo e inteligente que se
manifesta de forma coletiva.
As
formigas, as abelhas, vivem o instinto de operosidade, de ordem, e de harmonia
de conjunto, no entanto, cada elemento constituinte deste conjunto, se demora
obediente a um princípio diretor que determina ao elemento suas funções.
O
princípio diretor, que rege as manifestações inteligentes e sensitivas, no
vegetal, tanto quanto, nos insetos, onde a individualidade do psiquismo ainda
não aconteceu, é a centelha divina, que em busca da individualidade que contém esses
psiquismos inteligentes, embora regidos de maneira inconsciente sustenta a vida
inteligente desses elementos.
E
isto nos parece estranho e fantasioso mesmo, mas, como retro informado, este
mecanismo continua existindo mesmo após a conquista da individualidade, quando
os diversos órgãos, e glândulas continuam a exercer uma função independente de
nossa vontade.
Mas
importa esclarecer aqui, que este principio psíquico, não é o principio
psíquico generalizado que se manifesta na vida nos mais infinitos fenômenos do
universo, embora faça parte do mesmo, entretanto, este se desenvolve em
simbiose com o espirito através da evolução anímica, desde o reino do minério.
Não
nos esquecendo, entretanto, de que estamos contidos em Deus, em um principio de
unicidade, em uma simbiose divina, e de que não existe está dissociação que aqui
apresentamos está dissociação, responde apenas a uma necessidade de estudo.
Em
o texto “A Maturação do Átomo” apresentamos informações sobre o psiquismo
generalizado, e para corroboramos essa premissa, apresentamos o capitulo O
Sublime Visitante de o livro “Obreiros da Vida Eterna” de André Luiz,
extrapolando essa maravilhosa revelação apresentada por esse espirito.
E
em textos posteriores estaremos sequenciando e explicitando melhor está
premissa, esclarecendo a manifestação do psiquismo generalizado como
manifestação de Deus na vida, atuando como um principio inteligente, que também
se individualiza, e é eterno, pois é uma essência do Ser Supremo da Vida.
Obedecendo
a um princípio determinante da evolução, que se manifesta no Universo, a
substância que contém o eterno vir a ser no absoluto, numa unicidade de
princípios, vai libertando essas potências devido a maturação que sofre, como
visto, sem saltos abruptos, permitindo que a individualidade do psiquismo se
exteriorize.
Nos
infinitos mundos que compõe o Universo, incluindo a Terra, compondo a unicidade
do mesmo, é que esses elementos (insetos, moluscos e outros), que se demoram
obedientes a um principio comum, manifestando-se de forma coletiva, passam por
um princípio de unificação ou simbiose; então o psiquismo se individualiza.
Se
analisarmos com propriedade, as similitudes dos órgãos dos insetos, como também
dos moluscos, com os dos animais e mesmo com os do homem, não podemos negar,
sejam eles a ponte de transposição do vegetal para o animal(7, para quem conheça está matéria, quem se
aprofundou no estudo dos insetos, esta questão fica clara. A alma agita-se, a vida freme nas entranhas do
psiquismo.
Em
nos detendo a auscultar com propriedade os animais, seus órgãos, as funções que
estes órgãos desempenham, seja no campo da filosofia ou da anatomia, com mente
de livre pensador, sem pensamentos pré-concebidos, não há como não nos
apercebermos da similitude destes órgãos, como também das funções que eles
desenvolvem; com os órgãos humanos e suas funções.
A
composição química, a estrutura celular, o processo de fecundação, a lei que
determina o crescimento do ser, não difere em sua aplicação, no animal quanto
no homem.
No
homem, o cérebro, tanto quanto o sistema nervoso, é constituído de células de
neurônios, vive a função de permitir que a inteligência se manifeste por seu
intermédio; no animal, com exceção de serem menos desenvolvidos, o cérebro e
todo o sistema nervoso é também constituído de células neurônais, permitindo a
manifestação da inteligência.
Na
fase atual da evolução em que nos demoramos, duvidar da inteligência do animal,
é assumir a condição absoluta de ignorância(4).
O animal não vive apenas a inteligência, mas também a iniciativa própria.
Em
um programa de televisão, apresentaram um macaco que estando preso em uma jaula
não conseguia alcançar uma banana por estar esta distante. Este macaco
apossou-se de uma vara que estava ao seu alcance, puxou a banana até onde seu
braço pudesse alcançar e saboreou-a.
Pode-se
em sã consciência negar a manifestação da inteligência associada a iniciativa?
Em
outro programa de televisão o "Fantástico", a alguns anos passados,
apresentaram um macaco, que era a peça principal do circo, no entanto com o
correr dos anos envelheceu e resolveram substituí-lo. Como represália,
enforcou-se em sua própria jaula. Como negar a inteligência e o amor próprio na
atitude deste macaco?
O
coração, verdadeira bomba, movimenta em 24 horas, sete mil litros de sangue
irrigando nosso corpo, funcionando aproximadamente 100 anos de forma
ininterrupta, com válvulas que se abrem e fecham com precisão matemática. Este
órgão, embora não seja a fonte geratriz do amor, como o cérebro não o é da
inteligência; no entanto é por seu intermédio que o amor se manifesta. Não há
como negar que quando vivemos fortes emoções, tristes ou alegres, este órgão é
sensibilizado por essas emoções.
O
animal possui este órgão, embora não fisicamente idêntico, no entanto, a
similitude com o coração humano é muito acentuada.
As
funções são as mesmas, movimentar o plasma sangüíneo, irrigar o corpo, manter a
vida. Não há como negar, o sentimento de amor manifesto no animal.
Uma mamãe tigre pode ser feroz com animais de
outras espécies, no entanto, é extremamente amorosa para com seu filhote,
amamentando-o, até que este não se possa sustentar.
E
como negar a correspondência amorosa dos animais domésticos para conosco,
quando lhes fazemos carícias? .
No
campo da genética, vamos nos aperceber ainda, da similitude de funções, embora
os órgãos difiram fisicamente. Estes órgãos permitem ao animal, tanto quanto,
ao homem, a manifestação do prazer, no entanto, são eles os meios propulsores
da evolução, propiciando pela fecundação a benção do renascimento, seja no
reino animal ou hominal.
Na
mulher, a fecundação acontece do encontro do óvulo que foi liberado pelo
ovário, com o espermatozóide que o fecunda na terça parte das trompas de
falópio, vivendo a partir de então a duplicação das células, para finalmente
nidar-se na parede uterina desenvolvendo então o embrião, que se transforma em
feto.
Na
fêmea animal, embora haja pequenas mudanças nas funções genéticas, no entanto,
há ovários e útero desempenhando a função fecuntativa, que permite a
continuação da espécie.
Há
como negar esta realidade de similitude entre a genética humana e animal?
Sentir
dor, não é exclusividade do homem, o animal a sente com tanta intensidade
quanto este. Vemos que o carneiro quando vai ser sacrificado se apercebe, até
mesmo com antecipação e derrama lágrimas; o boi quando levado ao matadouro para
o sacrifício mugi; o suíno quando morre apunhalado, grunhe desesperado; o cão
quando espancado, ladra de forma dolorida. Como negar a sensibilidade da dor no
animal?
Se
há uma similitude anatômica e biológica, na formação dos órgãos físicos dos
animais com os do homem, onde tudo deixa transparecer uma evolução destes, do
animal ao homem.
Se
estes órgãos exercem no animal, as mesmas funções psíquicas e biológicas que no
homem, exceto que de forma mais imperfeita. Como negar ser o homem a resultante
dessas experiências todas vividas no reino animal?
A
transposição do reino animal para o humanóide, não se faz abruptamente, onde do
macaco se passa para o homem, na condição de inteligência em que nos
encontramos na atualidade.
Dizemos
do macaco para o homem porque tudo leva a crer que assim o seja, pois embora
existam outros animais inteligentes, tais como, o elefante, a foca, etc., o
macaco é o que mais se aproxima do homem, não só na inteligência, como, também
anatômica e biologicamente.
A
transposição do animal para o homem tem seu continuísmo nos primatas da Terra,
nos homens primitivos que habitaram o planeta, tais como os homens Eréctos, Sapiens,
Neandenthal, etc...
Ao
revermos a história da humanidade, nos apercebemos com clareza, que os
primatas, não diferenciam muito em seu comportamento, seja na manifestação da
inteligência, no processo de comunicação, ou na configuração anatômica, do comportamento
do macaco.
Mas
há ainda o silvícola da Terra, este embora já esteja muito avançado na
desenvoltura da inteligência e mesmo do amor em relação aos homens da
pré-história, é ainda o continuísmo evolutivo dos homens primitivos. Nas
diversas tribos primitivas que existiram na Terra e algumas delas ainda
existem, no entanto, em fase de extinção; encontramos o "eu" psíquico
que se demorou vivendo experiências no homem das cavernas, em fase transitiva
para o homem civilizado.
Sem
que houvessem outros mundos habitados, esse continuísmo evolutivo seria
impossível, pois os primatas da Terra não existem mais, os silvícolas do
planeta estão em fase de extinção, não havendo mais na Terra, ponte transitiva
do reino animal para o humanóide.
Para
que façamos a transposição do reino minério para o vegetal, gastam-se bilhões e
bilhões de séculos; do reino vegetal para o animal, outros tantos; do animal
para o humanóide o psiquismo percorre por bilênios, caminhos que lhe vai
consolidar as experiências deste reino, automatizando umas e ensaiando outras,
para só então despertar no homem.
Como
visto a possibilidade de havermos sido, nem diremos mineral ou vegetal, mas
animal na Terra, esta descartada, pois a Terra tem apenas quatro bilhões de
anos segundo a ciência, e como visto se consome muitos bilhões de anos, para a
transposição do reino animal para o humanóide.
Pretender
duas linhas paralelas na evolução dos seres é desconhecer o princípio de
unicidade da vida a manifestar-se no Universo. Admitir que este princípio
psíquico, fruto da maturação da substância, haja vivido percursos bilenares
para atingir a condição animal e ter cerceada aí sua evolução, é pretender
limitar a lei evolutiva. Se a evolução do animal estiver limitada, pelo já
visto da similitude que existe entre este e o homem, na exteriorização da
inteligência, na manifestação do amor, na sensibilidade da dor, etc, a Lei
Divina fica seriamente comprometida.
Ao
homem, a dor, buril de que se utiliza o Artífice supremo da vida; o trabalha no
campo da inteligência, na manifestação do amor, tendo como recompensa a
felicidade e a luz no infinito da evolução, pois a evolução do ser vai ao
infinito.
No
homem, a dor, é instrumento de burilamento e perfeição; porque haveria que ser
esta, um meio de punição e castigo aos animais?
Mas,
na economia da vida, a Lei Divina, se manifesta amorosa, equitativa e sabia,
sem parias ou favoritos, nas glorias da Criação.
Para
eliminarmos as dúvidas de alguns confrades espíritas, que se esmeram no intento
de negar a evolução do psiquismo, a partir do reino minério, percorrendo os
reinos, vegetal e animal, para conquistar o reino humanóide; extrapolamos Leon
Denis, e vamos fechar a questão com chave de ouro, repetindo as palavras de
Emmauel:
'E o animal te confessará': ' Vivo debaixo do
teu arbítrio e fazes de mim o que desejas, por séculos, porque devo sofrer-te
as ordens, sejam quais sejam, para que eu possa um dia, sentir como sentes e
pensar como pensas.(5)
Referências:
(1) Vemos esta realidade acontecer com bastante clareza no vegetal, tanto quanto, no animal, racional e irracional. Quando arrancamos a planta, o psiquismo se desprende, a vitalidade da mesma se esvai, o vegetal seca, apodrece. No animal tanto no homem, quando o psiquismo ou o espírito se desprende do corpo, este se degenera, desintegra-se.
(2) Ver o livro "A vida secreta das plantas"
(3) Não nos demoramos a descrever a similitude de funções de órgãos ou membros dos insetos e moluscos com os do homem, porque nossa literatura já o descreve com muita propriedade.
(4) Ver "Reencarnação" de Gabriel Dellane.
(5) -Ver 'Mãos Marcadas' página 92, de Emmanuel - Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.