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Armas de fogo para quĂŞ? Somos pela paz

Armas de fogo para quĂŞ? Somos pela paz Jorge Hessen  jorgehessen@gmail.com BrasĂ­lia - DF  Um encontro entre jovens, em um condomĂ­nio de luxo de Cuiabá, se tornou uma tragĂ©dia no dia 12 de julho de 2020. Naquela tarde, como fazia com frequĂŞncia, Isabele GuimarĂŁes, de 14 anos, foi Ă  casa das amigas. Horas depois, a jovem foi morta com um tiro no rosto. A autora do disparo Laura, tambĂ©m de 14 anos, relatou Ă  polĂ­cia que atirou de modo acidental em Isabele. A adolescente afirmou que se desequilibrou, enquanto segurava duas armas, e disparou. A famĂ­lia da Isabele nĂŁo acredita nessa versĂŁo. Laura praticava tiro esportivo desde o fim de 2019. Ela participou de duas competições e venceu uma delas. (1) Hoje em dia , adolescentes como Laura podem praticar tiro esportivo sem precisar de autorização judicial, graças ao decreto assinado pelo atual presidente do Brasil. A famĂ­lia de Laura, a homicida, integra uma categoria que tem crescido no paĂ­s, sobretudo durante o atual governo brasilei
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O choro como válvula de escape da aflição

O choro como válvula de escape da aflição   Jorge Hessen jorgehessen@gmail.com BrasĂ­lia - DF   O choro pode durar a noite inteira, mas de manhĂŁ vem a alegria. (1) Estudiosos afirmam que a função evolutiva do choro foi despertar empatia no semelhante e estimular o auxĂ­lio em momentos de necessidade. Na verdade, a histĂłrica cooperação entre indivĂ­duos foi e continua sendo essencial para a sobrevivĂŞncia da espĂ©cie humana. Sabe-se que o choro libera hormĂ´nios e neurotransmissores que aliviam a tristeza e a dor. Especialistas alegam que reprimir o choro significa abafar alguns sentimentos, tornando mais difĂ­cil lidar com eles. Em face disso, mĂ©dicos e psicĂłlogos recomendam chorar para liberar as emoções. O choro amiĂşde constitui o acesso nas essĂŞncias mais profundas dos sentimentos. É quando nĂŁo se domina a amargura e ela necessita ser vazada, exposta, nem que seja solitariamente. As lágrimas sĂŁo um mecanismo de defesa do organismo para liberar o stress e auxiliar no reequilĂ­brio das

O labéu do aborto no imaginário de uma menina

  O labĂ©u do aborto no imaginário de uma menina Jorge Hessen jorgehessen@gmail.com BrasĂ­lia - DF   Pela legislação brasileira o aborto Ă© autorizado em casos de gravidez resultante de estupro, foi o que fez a Justiça do EspĂ­rito Santo dando aval para que a menina de 10 anos, grávida apĂłs ter sido estuprada pelo tio, interrompesse a gestação. O enredamento do evento nĂŁo nos deve ofuscar a reflexĂŁo cuidadosa e lĂłgica dos fatos. Urge considerar que a menina violentada já estava com 23 semanas de gestação. Nesse caso, nossos expedientes Ă©ticos propendem em defender as duas vidas, posto que nesse caso, quiçá seja injustificável a condenação Ă  pena de morte de um bebĂŞ de quase seis meses. PorĂ©m, em “benefĂ­cio” do aborto, destroçou-se nĂŁo apenas o bebĂŞ, mas tambĂ©m potencializou os efeitos colaterais do trucidamento na delicada fisiologia da menina. Obviamente nessas conjunturas Ă© preciso acautelar-nos sobre as nossas acaloradas opiniões eivadas de pensamentos vingativos, emoções contumazes, vo

Sociedade do Cansaço e do esgotamento

A candeia do corpo Ă© o olho. Portanto, se o teu olho for simples, teu corpo inteiro será luminoso. * Por Luiz Henrique Maiolo e Jane Maiolo Nos Ăşltimos tempos, a Sociedade do Cansaço Ă© tambĂ©m caracterizada como a sociedade do desempenho, configurada por uma sĂ©rie de obrigações e padrões a serem seguidos e praticados pela população, que almeja o indispensável sucesso. Nesse contexto, a intensa produtividade humana, manipulada e incentivada pelos meios sociais, no universo capitalista, leva muitos indivĂ­duos a inĂşmeros problemas de ordem mental como a depressões, ansiedades e transtornos mĂşltiplos, quadro obviamente sintomático do mundo contemporâneo, definidos pelo filĂłsofo sul-coreano Byung Chul Han como “violĂŞncia neuronal”.      A princĂ­pio, a constante busca pelo sucesso e produtividade, Ă© caracterizada pela sociedade do desempenho. O indivĂ­duo inserido nos meios socais com excessiva positividade Ă© totalmente induzido ao progresso e as intensas buscas pela prosperidade de sua

Em torno da sexualidade

  Em torno da sexualidade Jorge Hessen jorgehessen@gmail.com BrasĂ­lia - DF   A arremetida teĂłrica sobre a sexualidade humana Ă© profundamente complexa. A aberração da prática sexual, quando somente visa a satisfação egoĂ­stica , imediata e desvairada, cede lugar a patologias graves que rebaixam o ser humano. Há espĂ­ritos que ainda nĂŁo conseguiram superar as viciações sexuais que trazem do passado e que entorpecem a consciĂŞncia. Há casos obsessivos gravĂ­ssimos, conquanto incomum, em que a mulher insaciável coaja (“estupre”) o homem na área sexual. Perante as leis humanas e de civilidade Ă© preciso manter a observância Ă s normas e regras, que nos diferem dos seres irracionais. Ora, do ponto de vista biolĂłgico, a sexualidade Ă© uma sublime seiva para manter a vida em padrões de estabilização e de encanto, proporcionando, quando o seu uso Ă© Ă©tico e equilibrado, contentamento e completude nos relacionamentos. Somos impregnados desse potencial sexual e convocados a aprender a discipliná-lo. A se

Cuidemos do nosso habitat planetário

  Cuidemos do nosso habitat planetário Jorge Hessen jorgehessen@gmail.com BrasĂ­lia - DF Inobstante nĂŁo tenha sido esta a primeira vez na histĂłria, certamente nĂŁo será a derradeira, em que a vida da população jaz ameaçada por devastadora pandemia. Há uma estreita analogia entre ação humana no orbe e o advento de patologias pandĂŞmicas, considerando a desrespeitosa indiferença pelo habitat (meio ambiente). O formato de perseguir riqueza e poder sem se importar com as consequĂŞncias, levou o planeta "Ă  beira do abismo". É urgente revigorarmos o orbe no campo da responsabilidade individual, desacelerando o bestial consumismo, onde se tem priorizado mais o ter (transitĂłrio) do que o ser (permanente). É mister ajuizarmos que o planeta Ă© compartilhado e cada um tem que fazer a sua parte para mantĂŞ-lo em boas condições de habitabilidade. Cada governante deve adotar polĂ­ticas para o bem comum. Os empresários podem coadunar a busca natural pelo lucro com a justiça social. Dá para pensar

E quando o desequilĂ­brio da saĂşde mental destrĂłi o futuro...

  por Jane Maiolo Por que estamos nĂłs tambĂ©m a toda a hora em perigo? ¹              O worldometers Ă© um site de estatĂ­sticas mundiais que Ă© atualizado em tempo real, alimentado por dados provenientes de organizações voltadas para estatĂ­sticas, dentre elas estĂŁo a Unicef, a Unesco e outras. O ano de 2020 apenas se inicia e já contamos com dados mundiais alarmantes sobre o nĂşmero de abortos (17.202.000), suicĂ­dios (433.825), mortes em acidente de trânsito (546.110) e mortes em decorrĂŞncia do COVID-19 (355.111)² Ă© inegável que, apesar dos avanços cientĂ­ficos e tecnolĂłgicos, o homem contemporâneo adoece, morre, se mata. A saĂşde mental está em jogo. O ressentir, o temer, o pavor, o descompasso, a violĂŞncia e as inseguranças sĂŁo indĂ­cios que o adoecimento mental Ă© fato consumado, escancarado e escandaloso. As depressões, a ansiedade, a esquizofrenia, o transtorno bipolar, o transtorno obsessivo-compulsivo precisam ser encarados como agentes detonadores de vida . Há de se levar em